Em reunião na Sanesul, o Grupo de Trabalho liderado pelo vice-governador Barbosinha mostrou detalhes técnicos após estudos realizados nas aldeias Jaguapiru e Bororó.

Para sanar o problema da falta d’água na Reserva Indígena de Dourados será preciso R$ 34 milhões. É o que prevê projeto de Grupo de Trabalho que concentra esforços para solucionar o impasse. As demandas foram apresentadas na manhã desta sexta-feira (30).
Em reunião na Sanesul, o Grupo de Trabalho liderado pelo vice-governador Barbosinha mostrou detalhes técnicos após estudos realizados nas aldeias Jaguapiru e Bororó. A estimativa é que cerca de 20 mil indígenas morem na Reserva e enfrentam problemas de água há décadas.
A Sanesul já realizou, como indicador paliativo, ações para combater a falta de água, contudo, a medida não atende toda a comunidade e o problema continua. De acordo com Barbosinha, o próximo passo, agora, é buscar recursos do Governo Federal.
Nos últimos meses foram realizados serviços paliativos e com isso resolver o problema de falta d’água para cerca de 150 famílias. Conforme Barbosinha, a Reserva Indígena é atendida com 14 poços artesianos, que enchem grandes caixas d’água e consequentemente envia para as torneiras das famílias. Contudo, a logística de distribuição é ruim e não chega em boa parte das moradias.
Enquanto o recurso não chega, mais dois poços serão construídos para amenizar o problema.
Força-tarefa
Equipes da Sanesul realizaram recentemente a abertura de mais de 5.000 metros de rede, 2.500 metros de ramais, e 151 famílias – algumas que estavam há mais de 20 anos sem água – agora são abastecidas pelo sistema.
Os engenheiros Rafael Ceccim Cardoso, Weslei Pereira, Karolkne Bonzi e Gilmara Galache, da Sesai-MS, tiveram participação ativa nas operações iniciais e consideraram louvável que as cerca de 150 famílias, que anteriormente eram atendidas por caminhão-pipa ou não tinham acesso à água, passaram a receber água potável após a celebração da parceria entre Governo do Estado, Sanesul e Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul.
O Grupo de Trabalho foi criado pelo Governo, envolvendo técnicos e agentes da Sesai/DSEI, o Distrito Sanitário da Secretaria nacional de Saúde Indígena em Mato Grosso do Sul, além da Sanesul e das Secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos e do Turismo, Esporte e Cidadania, juntamente com a Prefeitura de Dourados, através da Ceaid (Coordenadoria de Ações Indígenas) e do MPF (Ministério Público Federal).
