Engenheiro refaz implosão da embarcação da OceanGate, que aconteceu no dia 18 de junho. Vítimas não devem ter sentido dor, uma vez que o cérebro humano precisa 13 milissegundos para processar as informações que recebe.

Uma nova simulação mostra como o submarino da OceanGate pode ter implodido no dia 18 de junho. Todo o processo teria durado apenas 13,495 milissegundos e os passageiros não teriam tido tempo de sentir dor, aponta o doutor em engenharia e especialista na flambagem de estruturas de paredes finas, Ronald Wagner.

Em seu canal do YouTube, o engenheiro usou um aplicativo para simular a estrutura do submarino e qual seria o passo a passo da destruição do submersível.

Segundo Wagner, o cérebro humano precisa de 13 milissegundos para processar as informações que recebe, “mas, como você pode ver aqui, se avançarmos 13 milissegundos, você já estaria morto há 10 milissegundos”, afirma ao assistir à simulação.

Implosão é o que ocorre quando um objeto, uma estrutura ou um edifício colapsa ou desmorona em direção ao seu centro. É o oposto da explosão, na qual a força que leva à destruição é liberada para fora a partir do centro do objeto.

Confira a seguir como aconteceu a implosão:

➤ 0 milissegundos: há os primeiros danos no revestimento de fibra de carbono.

➤ 2,182 milissegundos: o casco é afetado, diminuindo em 50% seu tamanho original.

➤ 3,274 milissegundos: o revestimento começa a ser danificado. A implosão acontece de fato e os passageiros são esmagados pela força da compressão.

O Titan tinha uma cabine em formato cilíndrico, relativamente espaçosa para o tamanho da embarcação, feita de fibra de carbono –geralmente, os outros submersíveis que vão até águas profundas são de titânio. Para o pesquisador, a estrutura pode ter colaborado com a implosão.

Relembre o caso


O submarino desapareceu em 18 de junho, pouco mais de uma hora depois de submergir no Oceano Atlântico, a cerca de 600 quilômetros da costa do Canadá, em direção aos destroços do Titanic, que ficam a 3.800 metros da superfície.

Quatro dias depois, em meio a uma megaoperação de resgate que envolveu Estados Unidos, Canadá e França, sondas identificaram destroços no fundo do mar em uma área próxima ao Titanic. Horas depois, autoridades confirmaram que se tratava de restos do submarino da OceanGate.