O fechamento das duas pistas da via começou pela manhã e se estendeu a tarde. A rodovia é liberada no sistema tartaruga aos poucos.

Sem a presença das grandes lideranças políticas no manifesto indígena desta quinta-feira (11) que fechou a MS-156 entre Dourados e Itaporã, em razão da a falta d’água.
O fechamento das duas pistas da via começou pela manhã e se estendeu a tarde. A rodovia é liberada no sistema tartaruga – aos poucos. Uma grande fila de veículos se forma no local.
O capitão Ramão Fernandes, da aldeia Jaguapiru, disse que funcionários da prefeitura de Itaporã levaram recado que vão auxiliar com o envio diário de dois caminhões pipa.
Quem também esteve no local para falar com os indígenas foram servidores do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), de Campo Grande, órgão ligado ao Governo Federal.
Capitão Ramão disse que levaram promessa de construção de mais poços artesianos, contudo, o anúncio não animou as comunidade das aldeias Jaguapiru e Bororó.
“Estamos cansados de tanta promessa. Isso acontece há muitos anos. Enquanto isso, estamos sem água”, disparou a liderança.
Com o calorão, para amenizar a problemática, as comunidades indígenas querem, de imediato, cinco caminhões pipa para cada aldeia.
O problema da falta d’água é antigo e recentemente o Governo do Estado montou uma equipe para estudar solução para levar água encanada aos cerca de 20 mil moradores da maior reserva indígena urbana do país.
Contudo, o impasse esbarra no rateio de recursos para as obras. Como a Reserva Indígena pertence ao Governo Federal, jogo de empurra faz os problemas aumentarem a cada ano que passa. Muitas famílias percorrem quilômetros para pegar água em açude, local também dividido por animais.
