O abandono escolar é um problema persistente nas escolas públicas brasileiras, com uma taxa de evasão que chegou a 6,5% em 2022.

Governo Federal lança um olhar inovador com o programa Pé-de-Meia. Esta iniciativa promete não apenas trazer uma lufada de ar fresco para a educação de jovens de baixa renda do ensino médio público, mas também coloca em pauta a potencial inclusão de um segmento frequentemente marginalizado: os estudantes do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Em meio a um cenário onde a taxa de evasão escolar em 2022 alarmou ao atingir 6,5% entre alunos da rede pública, evidenciando um contraste marcante com a situação mais estável da rede privada, o Pé-de-Meia surge como uma proposta ambiciosa.
Seu objetivo é não somente combater o abandono escolar por meio de incentivos financeiros, mas também fomentar a continuidade da jornada educativa e estimular a participação dos alunos no Enem, configurando-se assim como um “presente” do governo que pode redefinir o futuro da educação nacional.
A evasão escolar e o programa Pé-de-Meia
O abandono escolar é um problema persistente nas escolas públicas brasileiras, com uma taxa de evasão que chegou a 6,5% em 2022, contrastando fortemente com a situação na rede privada. Em resposta, o Pé-de-Meia promete ser um marco, oferecendo uma poupança anual de R$ 2.000 para estudantes que permanecerem na escola, além de um incentivo para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Como o programa funciona
A mecânica do programa é simples: os estudantes começam a acumular os valores desde a matrícula, com uma primeira parcela de R$ 200 e nove parcelas subsequentes de igual valor, totalizando R$ 2.000 anuais para aqueles que não são reprovados. Ao completar o Enem no final do terceiro ano, os alunos recebem um adicional de R$ 200, com os valores depositados diretamente em uma conta em seu nome.
Critérios de elegibilidade e o papel do Cadastro Único
Para serem elegíveis ao Pé-de-Meia, os estudantes devem atender a vários critérios, sendo um dos mais importantes o registro no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Este cadastro é crucial, pois serve como porta de entrada para o programa, assegurando que apenas estudantes de baixa renda se beneficiem dessa ajuda financeira.
Além disso, é necessário estar matriculado no início do ano letivo, manter uma frequência escolar acima de 80%, participar do sistema de avaliação da Educação Básica e prestar o Enem.
A inclusão dos estudantes do EJA no Pé-de-Meia
O programa Pé-de-Meia levanta uma questão importante: os estudantes do EJA, que frequentemente enfrentam barreiras adicionais para completar sua educação, podem participar desse programa? A inclusão de alunos do EJA seria uma extensão lógica dos objetivos do programa, considerando que ambos buscam promover a educação contínua e reduzir a taxa de abandono escolar.
A participação desses estudantes não só ampliaria o alcance do programa como também reforçaria o compromisso do governo com a educação inclusiva e acessível, utilizando o Cadastro Único como ferramenta para garantir que o apoio chegue aos que mais precisam.
