São 15 anos de história dentro e fora do Brasil, mesmo assim o grupo Brô MC’s não é lembrado dentro da própria comunidade nem mesmo na semana dos povos indígenas.

Grupo Brô MC’s – Foto: Divulgação

O grupo Brô MC’s surgiu em 2009 com o intuito de denunciar toda a violência que o povo guarani-kaiowá sofria e vivia. O Brô MC’s é considerado o primeiro grupo de rap indígena do Brasil, que mistura português e guarani em suas músicas e é o primeiro grupo de rap sul -matogrossense a tocar no Rock in Rio, em 2022.

Após o lançamento do CD em 2009, o primeiro grupo de rap indígena do Brasil já se apresentaram no país, sendo um sucesso de crítica não apenas por suas letras e temas abordados, como também pelo valor simbólico cultural de uma junção inusitada do rap com a cultura indígena, do português com o guarani como nas letras “Terra Vermelha” e “Tupã”, e “Eju Orendive”.

No entanto, mesmo com todo esse curriculum na bagagem, o grupo segue esquecido na sua própria comunidade indígena, muitas das vezes não são lembrados nem mesmo para os eventos em comemoração a semana dos povos indígenas.

“Somos mais reconhecidos e valorizados fora do nosso estado e até mesmo se falar em aldeia, as aldeias dos outros parentes valorizam bem mais o grupo do que a própria RID”. Disse Fabi assessora de imprensa do grupo.

Na semana dos povos indígenas são convidados músicos de outras cidades e até mesmo indígenas de outras aldeias. Dando assim o sentimento de esquecimento aos principais artistas Indígenas da reserva indígena de Dourados e do Mato Grosso do sul.

Brô MCs

Kelvin Mbaretê, Bruno Veron, Clemersom Batista e Charlie Peixoto são integrantes das comunidades Jaguapiru e Boróró, que ficam em Dourados. Os indígenas fazem parte da etnia Guarani Kaiowá e completam 15 anos de carreira neste ano de 2024.

Nos últimos anos, eles ganharam projeção nacional por denunciarem em guarani a violência contra os povos indígenas de Mato Grosso do Sul e recentemente foram convidados para gravar o álbum do DJ Alok.