Em Canoas, na região metropolitana, entre sexta-feira (3) e domingo (5), o medo fez com que voluntários desistissem do trabalho durante a noite.

Loja com as prateleiras vazias – Foto: Divulgação

Saques a lojas, ameaças a socorristas e ataques a barcos de resgate, incluindo a um que levava policiais militares a bordo, adicionam um componente de insegurança à já dramática situação dos atingidos pelas inundações em Porto Alegre, região metropolitana e boa parte do Rio Grande do Sul.

Na tarde de segunda-feira (6), a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança do Estado anunciou que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Brigada Militar, uma unidade destinada a ações estratégicas, assumirá o patrulhamento ostensivo para coibir a ação de bandidos.

Segundo a Brigada Militar, dos 30 barcos civis que participavam de ações de resgate no sábado, somente 20 haviam voltado à atividade no domingo.

O município de cerca de 350 mil habitantes é um dos mais atingidos pela catástrofe, com mais de dois terços de sua área assolados pela cheia e mais de 15 mil desabrigados.

Diante da situação, o Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) da Brigada Militar, responsável pelos municípios de Canoas, Nova Santa Rita, Esteio e Sapucaia do Sul, começou a patrulhar emergencialmente a área alagada com dois barcos.

Na madrugada de domingo, dois homens tentaram abordar uma das embarcações que levava os policiais militares no bairro Mathias Velho, em Canoas, sem perceber que havia agentes fardados e armados a bordo.