Durante a investigação, os policiais analisaram o celular da jovem que havia sido entregue pela mãe e encontraram mensagens e outros indícios que ligavam o professor ao caso.

Cassiane Oviedo – Foto: Divulgação / redes socias

A investigação sobre o que levou à morte da jovem indígena Cassiane Oviedo Vera  de 14 anos a cometer um suicídio, resultou na prisão do seu ex- professor de jiu-jitsu, após a polícia ter acesso ao celular da vítima e encontrar evidências que levaram à sua detenção. O caso, que chocou a comunidade, segue sendo apurado pelas autoridades.

Cassiane, foi encontrada em sua casa enforcada e através dessa circunstância que levantaram suspeitas do que teria motivado. Durante a investigação, os policiais analisaram o celular da jovem que havia sido entregue pela mãe e encontraram mensagens e outros indícios que ligavam o professor ao caso.

Haviam mensagem enviadas pelo próprio professor pedindo que ela tomasse um remédio para abortar . ” Coloca quatro comprimidos na boca e deixa por meia hora, mas toma na sua casa. Voce vai passar mal, mas e normal. “

O professor também dava dicas em suas aulas de como ela deveria fazer.” Fica de pernas para cima, igual aos exercícios de hoje no jiu-jitsu. Se não fizer certo, vai ficar gravida. “

Com base nessas informações, a polícia  realizou a prisão preventiva do suspeito na manhã de segunda – feira (03), em sua academia que leva seu sobrenome e que agora responde às acusações preso por tempo indeterminado enquanto as investigações prosseguem.

Familiares e amigos da jovem que estão de luto e sempre pediram por justiça. “Ela era uma menina cheia de sonhos, com um futuro brilhante pela frente. Queremos que tudo seja esclarecido e que o responsável seja punido”, afirmou um parente próximo.

Em entrevista ao jornal The Time Indígena MS a mãe falou sobre o seu sentimento de alívio. “Sim, estou um pouco aliviada, sempre acreditei na justiça. Pois minha filha era uma doce menina, ela era muito ingênua e não conseguia ver a má intenção nas pessoas, ela era muito inocente. Por esse lado estou aliada vendo a justiça sendo feita.” Finalizou.

As autoridades continuam coletando provas e ouvindo depoimentos para entender todos os detalhes do caso. O professor, já passou por audiência de custódia mas segue preso. O caso segue em andamento, e novas informações devem ser divulgadas conforme o avanço das investigações.

Cassiane sonhava em ser atleta de jiu-jitsu e pretendia chegar longe no esporte. Neste ano de 2025  no dia 25 deste mês de Março ela completaria seus 15 anos, uma data que era muito aguardada por ela.

O jornal The Time Indígena MS que esteve sempre acompanhado desse caso desde o início, também sempre acreditou na justica e na investigação da policia civil de Itaporã.