A polícia abriu inquérito para apurar o desaparecimento, mas até o momento, nenhuma pista concreta durante esse três anos foi divulgada.

A foto de Jaine volta a estampar os noticiários , já há três anos, a dor e a incerteza acompanham a família de Jaine Martins, que na época do desaparecimento tinha 23 anos, indígena da etnia Guarani, moradora da aldeia Bororó e tem uma filha que hoje mora com o avô em uma aldeia de Naviarai. Jaine esta desaparecida desde o dia 26 de outubro de 2021. No dia em que sumiu, Jaine havia saído de casa para visitar uma amiga na aldeia Jaguapiru e, desde então, nunca mais foi vista. O mistério sobre seu paradeiro continua sem solução, e seus familiares seguem em busca de respostas e justiça.
Segundo relatos da família, Jaine saiu de casa na aldeia Bororó, informando que iria até a residência de uma amiga na aldeia Jaguapiru. No entanto, ela nao havia retornado para casa. familiares de Jayne, informaram que ela teria deixado o local na aldeia jaguapiru na companhia de um homem, que seria morador da Reserva indígena Lagoa Rica e seu celular ficou inacessível pouco tempo depois.
Desde então, a angústia tomou conta dos parentes, que mobilizaram buscas, fizeram apelos nas redes sociais e cobraram investigações das autoridades. Sobre o suspeito de Lagoa Rica ele também foi interrogado e liberado em seguida. Conforme o boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Jayne Martins no dia do seu desaparecimento vestia saia e uma jaqueta preta. A jaqueta que havia sido encontrada pela família após uma das integrantes que estavam na casa, os conduzir até a região da Sardinha proxima a pedreira na aldeia Jaguapiru.
A polícia abriu inquérito para apurar o desaparecimento, mas até o momento, nenhuma pista concreta durante esse três anos foi divulgada. Testemunhas foram ouvidas no dia do sumiço, e buscas foram realizadas na região, mas sem sucesso. O caso segue sem desfecho, e a família continua esperando empenho das autoridades.
“Cada dia sem resposta é um sofrimento. Não sabemos o que aconteceu, se ela está bem, se precisa de ajuda. Só queremos encontrá-la”, desabafa um familiar.
Nos últimos anos, casos de desaparecimento de mulheres indígenas têm ganhado mais visibilidade, levantando questionamentos sobre a segurança e a efetividade das investigações nesses territórios. Organizações de direitos humanos e lideranças indígenas também têm se manifestado sobre a importância de uma resposta mais ágil e eficaz por parte das autoridades.
Enquanto isso, a família de Jaine Martins mantém viva a esperança desse caso ser finalizado, e que uma resposta seja dada e se houver culpados que eles possam pagar pelo que fizeram.
