Apesar de sua competência e dedicação, a coordenadora indígena tem sido alvo de discriminação e desrespeito por parte de alguns membros da comunidade.

Sandra Rossatte Medina a primeira coordenadora feminina da Ceaid – Foto: Divulgação/ Redes sociais

Na Reserva Indígena de Dourados, um marco histórico se concretizou com a nomeação de Sandra Rossatte Medina, etnia Guarani e moradora na aldeia Jaguapiru é a  primeira mulher indígena à frente da Coordenadoria Especial de Assuntos Indígenas (Ceaid). No entanto, essa conquista vem acompanhada de desafios significativos, já que a líder enfrenta preconceitos por se tratar de uma mulher indígena.

Apesar de sua competência e dedicação, a coordenadora indígena tem sido alvo de discriminação e desrespeito por parte de alguns membros da comunidade. O preconceito se manifesta de diversas formas, desde comentários depreciativos até tentativas de minar sua autoridade e capacidade de liderança. Caso que foi falado durante uma reunião PGM na segunda-feira (17) pela manhã com o Procurador Geral Municipal Alessandro Lemes Fagundes.

A situação na Reserva Indígena de Dourados reflete um problema mais amplo que afeta mulheres em posições de liderança em todo o mundo. O preconceito de gênero ainda é uma realidade persistente, e mulheres que ocupam cargos de poder frequentemente enfrentam obstáculos adicionais em comparação com seus colegas homens. Sandra Rossatte, por exemplo, foi nomeada com um cargo de DGA- 4 pela atual gestão da Prefeitura Municipal, diferente do coordenador anterior Leomar (Trovão) que exercia a mesma função, porém era colocado como DGA- 3.

Apesar dos desafios, a Coordenadora indígena da Ceaid demonstra resiliência e determinação em sua missão de servir à comunidade. Ela busca promover a igualdade de gênero e o respeito aos direitos das mulheres indígenas, e seu trabalho tem inspirado outras mulheres da aldeia a buscarem seus próprios objetivos.

A situação na Reserva Indígena de Dourados serve como um lembrete da importância de combater o preconceito de gênero e promover a igualdade de oportunidades para todas as mulheres, independentemente de sua origem étnica ou cultural. “A liderança feminina é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”,disse Sandra Rossatte.   “E é preciso quebrar as barreiras que impedem as mulheres de alcançar seu pleno potencial.” Finalizou Sandra Rossatte.