Nesta manhã a mãe de Cassiane publicou a seguinte frase: ” Parabéns minha estrelinha, hoje é seu aniversário de 15 anos”. Com um emoji de choro.

Cassiane Oviedo – Foto: Divulgação/ via whatsapp

Nesta terça-feira (25), Cassiane Oviedo Vera completaria o seu tão sonhado 15 anos. A jovem indígena, que residia em Itaporã, tirou a própria vida em sua casa no dia 11 de janeiro, deixando um vazio em sua família e reacendendo o debate sobre os desafios enfrentados pela juventude indígena no Brasil.

A jovem indígena sonhava em ser atleta de jiu-jitsu, e buscou atrás desse esporte um caminho seguro, no entanto não foi bem assim, pois seu próprio professor de jiu-jitsu foi o grande pivô da sua trágica partida. Nas redes sociais, Cassiane sempre revela o quanto estava ansiosa pelo seu aniversário de 15 anos.

Nesta manhã a mãe de Cassiane publicou a seguinte frase: ” Parabéns minha estrelinha, hoje é seu aniversário de 15 anos”. Com um emoji de choro. A morte de Cassiane, que ocorreu em circunstâncias trágicas, expõe a vulnerabilidade de muitos jovens indígenas, que lidam com questões como:

Pressão cultural: A transição entre a cultura tradicional e a sociedade contemporânea pode gerar conflitos internos e dificuldades de adaptação.

Discriminação e preconceito: A discriminação racial e o preconceito podem levar ao isolamento social e à baixa autoestima.

Falta de acesso a serviços básicos: A dificuldade de acesso a serviços de saúde, educação e lazer pode agravar os problemas emocionais e sociais.

Violência e abuso: A violência doméstica e o abuso sexual são realidades que afetam muitas comunidades indígenas, deixando marcas profundas na saúde mental dos jovens.

A morte de Cassiane Oviedo Vera serve como um alerta para a necessidade de atenção e cuidado com a saúde mental dos jovens indígenas. É fundamental que as comunidades, o governo e a sociedade em geral se unam para criar um ambiente seguro e acolhedor, onde os jovens indígenas possam desenvolver seu potencial e construir um futuro promissor.

Recursos de Apoio

Centro de Valorização da Vida (CVV): O CVV oferece apoio emocional gratuito e confidencial 24 horas por dia. Você pode entrar em contato pelo telefone 188 ou pelo site CVV. Conselho Indigenista Missionário (CIMI): O CIMI é uma organização que defende os direitos dos povos indígenas e oferece apoio em diversas áreas, incluindo saúde e educação. Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades emocionais, não hesite em buscar ajuda.