Este apelo individual de uma aluna da aldeia Jaguapiru serve como um forte lembrete da urgência em solucionar a crise hídrica que assola a comunidade.

Caixa d’ água cheia com água da chuva – Foto: Reprodução/ Valdinei Garcia

A persistente crise hídrica na aldeia Jaguapiru, atingiu um ponto alarmante, evidenciado por um comovente pedido de ajuda enviado por uma aluna à sua professora na manhã de ontem, sábado (29). A mensagem de texto da estudante expõe a dramática realidade enfrentada pela comunidade, que sofre com a escassez de água potável.

“Professora bom dia, quero ver se podia ajudar com água, pois não tem nem pra beber, juntamos da chuva mas é suja”, escreveu a aluna de 16 anos, em um apelo desesperado que revela a precariedade da situação. A mensagem crua e direta ilustra o impacto da falta d’água no cotidiano das famílias da aldeia, que se veem obrigadas a recorrer à chuva  para suprir uma necessidade básica de água.

O relato da aluna ecoa as dificuldades já enfrentadas pela Escola Estadual Indígena Guateka, onde a falta d’água tem causado frequentes interrupções nas aulas. A mensagem direcionada à professora demonstra que a crise hídrica ultrapassa os muros da escola e afeta diretamente a vida dos estudantes em suas próprias casas.

A utilização da água da chuva, mesmo sendo imprópria para consumo, como alternativa desesperada, expõe os riscos à saúde a que a população de Jaguapiru está submetida. A falta de acesso à água potável não apenas compromete a higiene e o bem-estar, mas também coloca em risco a saúde, especialmente de crianças e idosos.

Este apelo individual de uma aluna da aldeia Jaguapiru serve como um forte lembrete da urgência em solucionar a crise hídrica que assola a comunidade. A mensagem clama por ações efetivas e imediatas por parte das autoridades competentes para garantir o acesso à água potável, um direito humano fundamental.