Eliminação de animais e produtos: os animais doentes e até mesmo os aparentemente saudáveis são eliminados para evitar a dispersão do vírus. Se o foco for em granja comercial, todas as aves no local são sacrificadas.

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Após o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, uma série de medidas vem sendo tomadas, para impedir a doença de se espalhar.

A doença foi identificada no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. O estado é o terceiro maior produtor e exportador de carne de frango brasileira.

O Brasil demorou 2 anos para ter esse caso. Em maio de 2023, aconteceu o primeiro em aves silvestres e, desde então, foi possível evitar que a doença chegasse aos animais de criação.

Veja quais medidas são tomadas quando a doença é identificada em aves silvestres e aves comerciais.

O que é feito em granjas comerciais?
Em caso de gripe aviária, o governo segue um protocolo de identificação e contenção do vírus, mediante atuação do Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Quando a notificação de caso suspeito de gripe aviária acontece, um Médico Veterinário Oficial tem 12 horas para ir até a propriedade para iniciar a investigação.

Se for um caso identificado como “provável”, amostras são colhidas para análise laboratorial e tipificação da Influenza. Os resultados podem sair em 24 horas.

Com o resultado positivo, as medidas abaixo são tomadas.

Emergência Sanitária: quando o resultado laboratorial confirma um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), o SVO declara o estado de Emergência Sanitária para a região da propriedade foco.

Restrição de movimentação: fica proibida a entrada e saída de aves, suínos, animais domésticos, ovos, produtos, subprodutos, materiais, equipamentos ou qualquer insumo que possam espalhar o vírus.

Controle de acesso: a entrada e saída de pessoas na propriedade foco acontecem mediante orientação do SVO.

Eliminação de animais e produtos: os animais doentes e até mesmo os aparentemente saudáveis são eliminados para evitar a dispersão do vírus. Se o foco for em granja comercial, todas as aves no local são sacrificadas.

Foi o que aconteceu na granja de Montenegro, onde havia 17 mil aves. A maioria morreu da doença, mas as demais foram sacrificadas.

Além da morte dos animais, produtos e subprodutos, como ovos e embalagens, também são destruídos.

No caso da granja de Montenegro, que era de aves matrizes (que produzem para reprodução e não para o consumo), os ovos fertilizados que saíram da granja nos últimos dias estão sendo rastreados e destruídos para evitar contaminação.

Os produtores que tiveram suas aves abatidas podem ser indenizados pelo governo, mediante avaliação.

Descarte e tratamento de resíduos: resíduos da produção, como carcaças das aves, cama, esterco e demais subprodutos, são destruídos e tratados para garantir a eliminação do vírus e evitar novos focos.

Limpeza e desinfecção: as instalações, estruturas, materiais, equipamentos e veículos usados na criação são limpos e desinfetados para garantir a eliminação do vírus.

Ações no entorno da propriedade foco: para organizar as ações, são delimitadas 3 zonas ao redor do foco. São elas a zona perifocal (raio de 3 km), zona de vigilância (raio de 7 km a partir dos 3 km) e zona de proteção (raio de 15 km a partir dos 7 km).