Os servidores alvo da operação e os empresários embolsavam em torno de 5% do valor dos contratos. O alvo da investigação são dois contratos, que superam os R$ 20 milhões.

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Um dos alvos da operação da Polícia Federal, da Receita e da Controladoria Geral da União na operação de ontem (21) é a empresa L&L Comercial e Prestadora de Serviços, que tem como principal foco o fornecimento de alimentos para a merenda escolar. A sede da empresa é no bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande, e está registrada em nome de Leila Alves do Nascimento e Leonardo Primo de Araújo, o que justifica o nome da empresa. Conforme a investigação da PF, servidores da Secretaria de Estado de Educação (SED-MS) aderiram a ata de registro de preços feitos por outros órgãos públicos e compravam os alimentos com valor superior aos de mercado.

Agentes da Polícia Federal foram no começo da manhã na sede da empresa L&L, no bairro Nova Lima, em busca de documentos que possam comprovar a existência de um suposto esquema de corrupção.

Depois da devassa, as duas salas da empresa permaneceram fechadas na manhã desta quarta-feira e segundo moradores da região, no local funciona somente uma empresa de licitações e que na maior parte do tempo as duas salas permanecem fechadas. Eventualmente aparece alguém, informaram os vizinhos.

Com isso, os servidores alvo da operação e os empresários embolsavam em torno de 5% do valor dos contratos. O alvo da investigação são dois contratos, que superam os R$ 20 milhões. Em dois endereços, em Campo Grande e no Rio de Janeiro, os agentes apreenderam R$ 510,2 mil em dinheiro.

A maior parte deste dinheiro, R$ 363 mil, foi encontrada no cofre de um apartamento no edifício Hannover, na Rua das Garças, na região central de Campo Grande. Conforme a informação inicial, nenhum morador estava no apartamento e por isso