Apurações mostram que o homem jogou gasolina e ateou fogo na mulher em seguida. O comandante do (BOPE), Major Alves, confirmou neste sábado (7), que o suspeito foi preso, ainda está sendo transportado e será encaminhado para Corumbá.

Uma mulher de 59 anos morreu após ter o corpo queimado por um colega de trabalho em uma fazenda no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Corumbá. A vítima, Eliana Guanes, foi resgatada de helicóptero, ainda com vida, por equipe do Grupamento Aéreo do Corpo de Bombeiros Militar de Campo Grande, distante 420 Km de Corumbá. A corporação confirmou que a mulher morreu após o resgate. Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima foi atacada por um homem de 54 anos, chamado Lourenço Xavier, por volta das 14h desta sexta-feira (6). Apurações mostram que o homem jogou gasolina e ateou fogo na mulher em seguida.
Como os acessos à região estão intransitáveis por conta de alagamentos, foi preciso enviar equipe da capital do estado para atuar no resgate aéreo.
A aeronave retornou à Campo Grande por volta das 23h e a vítima foi encaminhada para a Santa Casa. A mulher morreu cerca de 40 minutos depois. A causa da morte ainda não foi informada.
O comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Major Alves, confirmou neste sábado (7), que o suspeito foi preso, ainda está sendo transportado e será encaminhado para Corumbá.
“A equipe do BOPE estava na região norte do estado, o Pantanal está alagado ainda. Quando tomamos conhecimento, enviamos as equipes para o local, pois é uma região muito difícil de acessar. A equipe conseguiu chegar só na madrugada, o autor estava numa fazenda próxima, estava tentando a fuga, mas a região é muito complicada”, explicou o comandante
O feminicídio
A Polícia Civil de Corumbá, que investiga o caso, disse que o crime será tipificado como feminicídio. “Áudios veiculados de uma testemunha relatam que o autor teria afirmado, em diversas oportunidades (antes e depois da agressão) que não aceitava ouvir “não” de nenhuma mulher”, considera a polícia.
“Desde quando ela chegou aqui [na fazenda] ele criou raiva dela. Teve uma vez que discutiram os dois, ele queria jogar água na cara dela. (…) Ele chegou com um vaso de gasolina, eu me tranquei no banheiro. Ele veio, chamou a [vítima], que estava deitada no quarto. Ela saiu, sentou em uma cadeira, no que ela sentou, ele jogou gasolina nela. Ela saiu correndo para a garagem, ele jogou mais gasolina e ateou fogo nela”, conta a testemunha.
