Segundo o biólogo Geraldo Alves Damasceno Júnior, a floração ocorre em época de escassez de flores, tornando-se fonte essencial de alimento para polinizadores.

Ipê Florido – Foto: Divulgação

Entre junho e outubro, a florada dos ipês transforma o Pantanal de Mato Grosso do Sul em um cenário deslumbrante. As imagens registradas pelo empresário Renato Rondon, que viralizaram nas redes sociais, mostram o bioma tomado pelas flores. Animais se misturam ao cenário que combina o rosa das flores com o verde da vegetação. “Esse dia foi muito lindo mesmo, estava tudo rosa. O Pantanal é demais! Meu desejo é que todo mundo conheça esse lugar mágico”, ressalta. Os ipês florescem justamente quando outras espécies perdem as folhas e não florescem, para enfrentar o frio. Essas árvores resistem à seca e às baixas temperaturas. Mas os ipês não se destacam apenas pela beleza. Eles desempenham um papel essencial na manutenção da biodiversidade.

Segundo o biólogo Geraldo Alves Damasceno Júnior, a floração ocorre em época de escassez de flores, tornando-se fonte essencial de alimento para polinizadores.

“O ipê oferece recursos florais num período em que há escassez de flores. Para os animais que dependem do néctar, essa floração é muito importante”, explica o biólogo.
Há cerca de 100 espécies de ipê, considerada a árvore ornamental mais plantada do Brasil. A floração inicia com o ipê-rosa, seguido pelo roxo, depois o amarelo e, por último, o branco.

As flores duram pouco e caem em cerca de uma semana. Originários do período pós-extinção dos dinossauros — época das primeiras plantas com flores —, os ipês podem atingir até 30 metros de altura. Em Mato Grosso do Sul, são símbolo do estado.