Trump começou seu discurso dizendo que esse era um momento histórico para a região. Antes dele, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, também discursou e disse estar comprometido com a paz.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dão as mãos no Parlamento de Israel, em 13 de outubro de 2025. — Foto: Evelyn Hockstein/ Reuters

“Este é um dia histórico, o fim de uma era de mortes e terror, e um novo amanhecer para o Oriente Médio”, afirmou Donald Trump em discurso no Parlamento israelense nesta segunda-feira (13). O discurso aconteceu depois que o Hamas libertou nesta segunda-feira os 20 últimos israelenses vivos que mantinha como reféns em Gaza. Os restos mortais de outros 28 reféns ainda serão entregues a Israel. Quatro deles serão devolvidos ainda nesta segunda, segundo o grupo terrorista. Em troca, Israel libertou quase 2 mil prisioneiros palestinos. A ação concretiza o acordo de cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos.

Ovacionado, em um discurso de mais de uma hora, o presidente dos Estados Unidos:

•Comemorou a libertação e retorno dos 20 últimos reféns do Hamas e defendeu a paz na região.

•Falou sobre a reconstrução da Faixa de Gaza;


•Foi ovacionado pelos parlamentares israelenses;


•E citou o Irã, dizendo que poderia ajudar com um acordo sobre o programa nuclear.


Ainda nesta segunda, Trump e outros líderes se reúnem no Egito para uma cúpula de paz que vai discutir os próximos passos do cessar-fogo.

Momento histórico e apelo pela paz
Trump começou seu discurso dizendo que esse era um momento histórico para a região.

Este é um dia histórico para o Oriente Médio e um triunfo incrível para Israel e para o mundo. (…) Os Estados Unidos se unem a vocês nesses dois votos eternos — nunca esquecer e nunca mais repetir. (…) Contra todas as probabilidades, fizemos o impossível e trouxemos nossos reféns de volta para casa.
— Donald Trump em discurso após libertação de reféns
Em sua fala, o presidente americano disse que Israel já havia conquistou tudo o que podia pela “força das armas”, e que esse é o momento de traduzir as vitórias feitas no campo de batalha em paz e prosperidade na região.

Antes dele, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, também discursou e disse estar comprometido com a paz.

Juntos, mostramos que a paz não é apenas uma esperança com que sonhamos, é uma realidade que a gente pode construir dia após dia. Por causa disso, agora o Oriente Médio está finalmente pronto para abraçar seu extraordinário potencial. Agora deve estar claro para todos que décadas fomentando o terrorismo, o extremismo e o antissemitismo não deu certo. Dos horrores em Gaza ao Irã, esses ódios amargos só trouxeram miséria, sofrimento e fracasso e a aniquilação dos que semearam o terror.
— Donald Trump em discurso no parlamento em Israel
Futuro da Faixa de Gaza
Em seu discurso, Trump também falou sobre o futuro da Faixa de Gaza no pós-guerra. Sobre isso, disse que quer ser um parceiro para a reconstrução do território palestino.

Segundo o presidente americano, a equipe de governança de Gaza formada por ele e que terá sua supervisão é composta por “pessoas ricas e poderosas que querem e vão fazer o bem”.

Esta é a chance dos palestinos abandonarem de uma vez por todas o caminho da violência.
— Donald Trump em discurso após a libertação dos reféns
O presidente norte-americano defendeu que os habitantes de Gaza se concentrem em “restaurar a estabilidade, a segurança, a dignidade e o desenvolvimento econômico para finalmente terem a vida que suas crianças merecem após décadas de horror”.