As autoridades cubanas informaram que 735.000 pessoas abandonaram suas residências, em particular nas províncias de Santiago de Cuba, Holguín e Guantánamo.

Melissa chegando a Port Royal, na Jamaica, na segunda-feira, 27 de outubro
Imagem: Octavio Jones/REUTERS

O poderoso furacão Melissa atingiu o leste de Cuba nesta quarta-feira (29), com ventos máximos de 195 km/h, depois de perder força e ser rebaixado para categoria 3 após atingir com ventos fortes e chuvas torrenciais a Jamaica. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) classificou o furacão como “extremamente perigoso” em sua chegada a Cuba, após a passagem pela Jamaica, declarada “zona de desastre” pelas autoridades. “Melissa tocou o solo na província de Santiago de Cuba, perto da localidade de Chivirico”, às 7h10 GMT (4h10 de Brasília), informou o NHC em seu boletim mais recente. O ciclone, que poucas horas antes havia se fortalecido para categoria 4, provocou 10 mortes: três na Jamaica, três no Haiti, três no Panamá e uma na República Dominicana.

“Melissa deve permanecer como um furacão poderoso enquanto se desloca por Cuba”, indicou o NHC.

As autoridades cubanas informaram que 735.000 pessoas abandonaram suas residências, em particular nas províncias de Santiago de Cuba, Holguín e Guantánamo.

Em El Cobre, uma localidade de Santiago de Cuba, agentes da Proteção Civil tentavam resgatar 17 pessoas que ficaram isoladas após a cheia de um rio e um deslizamento de terra, informou o jornal estatal Granma.

“Que não nos faça tanto dano”, rogou Floraina Duany, moradora da região, de 82 anos, à Virgem do Cobre, a padroeira de Cuba.

Melissa tocou o solo na Jamaica por volta do meio-dia local de terça-feira como furacão de categoria 5 (a máxima) com ventos máximos sustentados de até 295 km/h, o mais intenso que já afetou a ilha desde o início dos registros meteorológicos.

A tempestade levou horas para atravessar a Jamaica, o que reduziu seus ventos para a categoria 3, antes de uma nova intensificação.

O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, declarou que a ilha é uma “zona de desastre”. As autoridades afirmaram que os moradores devem permanecer protegidos devido ao risco contínuo de inundações e deslizamentos de terra.