Enquanto as obras dos poços não são concluídas e o cronograma dos caminhões-pipa falha, os moradores da reserva seguem improvisando e gastando o pouco que têm para garantir um direito humano fundamental que o acesso à água.

Foto: Ilustrativa

No último sábado (20), um casal entrou em contato com o jornal The Time Indígena MS e informou que diante das torneiras secas e da ausência do caminhão-pipa, o casal e sua filha pequena viram-se sem saída. Com vergonha de continuar pedindo água aos vizinhos que enfrentam a mesma escassez  eles foram até um mercado próximo e compraram dois galões de 10 litros de água mineral cada.

O que deveria ser um item de consumo para beber tornou-se o único recurso para o banho da família e o preparo dos alimentos. A situação inusitada evidencia a falha crítica no suporte básico à comunidade, onde a água mineral, um item caro para o orçamento familiar, passa a ser usada para necessidades básicas de limpeza.

Promessas não cumpridas
O caso dessa família não é isolado, mas um reflexo da demora governamental. Vale lembrar que, conforme o acordo firmado em novembro de 2024 após os conflitos na MS-156, novos poços artesianos já deveriam estar em pleno funcionamento na Aldeia Bororó desde o início deste ano.